Oh, Deus! Meu Deus! Onde estás?
Pedi fé, deste-me o vazio
Um imenso e profundo vazio
Onde eu ando de um lado para outro
Sem nunca sair do lugar.
Os dias passam - sem parecer que passam
Os amigos e até os inimigos
Foram-se todos... Sobrou o vazio
Solidão absoluta... Absoluta solidão
Quem tem força para suportar isso?
Oh, horror! Onde está a piedade?
Onde está a misericórdia?
Não há mais nada pelo que lutar
Acabaram-se todos os propósitos
Quem perdeu a fé
Perdeu tudo
Perdeu a esperança
E perdeu também o amor.
Pedi fé, deste-me o vazio
Um imenso e profundo vazio
Onde eu ando de um lado para outro
Sem nunca sair do lugar.
Os dias passam - sem parecer que passam
Os amigos e até os inimigos
Foram-se todos... Sobrou o vazio
Solidão absoluta... Absoluta solidão
Quem tem força para suportar isso?
Todavia, algo em mim continua lutando
Vivendo, suportando, vencendo
Rosnando, morrendo e renascendo.
Vivendo, suportando, vencendo
Rosnando, morrendo e renascendo.
Oh, horror! Onde está a piedade?
Onde está a misericórdia?
Não há mais nada pelo que lutar
Acabaram-se todos os propósitos
Quem perdeu a fé
Perdeu tudo
Perdeu a esperança
E perdeu também o amor.
Nada sobrevive
nos vazios da fé
Acordar, viver, dormir, lutar
Nada mais tem valor
Todavia, que horror
Dia após dia
Vai-se existindo
Insistindo contra o vazio
O rosto marcado de insônia
Uma máscara imperfeita
Um sorriso amarelo
Fingindo vida
Mendigando alma
Assim, caminha um terço da humanidade
Que se deixa vencer pela hipocrisia
Fingindo felicidade
Quando o coração é só tristeza
Acordar, viver, dormir, lutar
Nada mais tem valor
Todavia, que horror
Dia após dia
Vai-se existindo
Insistindo contra o vazio
O rosto marcado de insônia
Uma máscara imperfeita
Um sorriso amarelo
Fingindo vida
Mendigando alma
Assim, caminha um terço da humanidade
Que se deixa vencer pela hipocrisia
Fingindo felicidade
Quando o coração é só tristeza
O diabo, sempre ele... Não sei de onde ele veio... Não sei como surgiu... Não sei como chegou tão perto, cochicha em meus ouvidos: "Pobre miserável, você se abandonou... Agora, cheio e vazio de tudo, a sua vida, você mesmo não valoriza; a sua morte, antes de acontecer, mil vezes,
você mata e chora sozinho...Seus sonhos, seus dons, você desperdiça, querendo se
economizar. então, agoniza em solidão... Sim, agoniza, pobre miserável sem fé... Talvez
amanhã - ou depois de amanhã - Deus atenda aquela sua velha oração desesperada".
O diabo mente... o diabo nunca tem razão
Todavia, dentro e fora da alma cansada
Todavia, dentro e fora da alma cansada
Sem ter
um lugar de fé
Para dormir ou descansar
O dia
se transforma em dor
E a
noite se transforma em pavor
E o pobre
homem sem fé
Na desesperança
do amanhã
Acredita nas mentiras do diabo
Desmorona, torna-se vítima
Acredita nas mentiras do diabo
Desmorona, torna-se vítima
E num instante, rápido
Sem ele perceber
O seu hoje, o seu agora
A sua vida toda
É vencida pela dor de uma imensa confusão
Sem ele perceber
O seu hoje, o seu agora
A sua vida toda
É vencida pela dor de uma imensa confusão
E ele é derrotado, sem mesmo lutar
Vencido pelo o desespero
Vencido pelo o desespero
Derrotado pela solidão
Torturado pelo abandono
Encarcerado pela depressão
Aqui,
nesse campo de batalha da alma
Chão duro de sangue e pecado
O mais próximo que eu já cheguei do inferno
Onde cada canto iluminado
E uma encruzilhada
Onde a vida estrece e chora
Chão duro de sangue e pecado
O mais próximo que eu já cheguei do inferno
Onde cada canto iluminado
E uma encruzilhada
Onde a vida estrece e chora
É cada
um por si e o diabo contra todos
Não há heróis
da fé
Só covardes
perambulando
Pela beira
de uma estrada larga
Mendigando
uma migalha de compaixão
Oh, meu
Deus!... Até as maiores distâncias
Que os
olhos alcançam na névoa fria do mundo
O que
se vê é gente chorando e se lamentando
Não estou sozinho no abismo
Ao meu redor, posso senti-los
Gemendo na escuridão
Não estou sozinho no abismo
Ao meu redor, posso senti-los
Gemendo na escuridão
Multidões
que perderam a fé
Desumanizadas pela frieza
Desumanizadas pela frieza
De tantos
seres humanos desumanos
Andam em imensos círculos
Sem ir, nem voltar de lugar nenhum
O problema do mundo não é a humanidade
É a desumanidade que ronda bem perto de nós
Transformando homens em cães
Andam em imensos círculos
Sem ir, nem voltar de lugar nenhum
O problema do mundo não é a humanidade
É a desumanidade que ronda bem perto de nós
Transformando homens em cães
Sim, humilhado, pelado
Como um cão sem dono
Danado, amaldiçoado
Como um cão sem dono
Danado, amaldiçoado
Correndo
atrás do próprio rabo
No
coração, resignado
Sem saber
o que fazer
Com o
sofrimento
Sem encontrar
a saída
Do beco
sem saída
Cansei de lutar
Cansei de lutar
Parei de de
crer
No fundo do coração
Cessou a visão
Enterrou-se o talento
Emudeceram-se as palavras
No fundo do coração
Cessou a visão
Enterrou-se o talento
Emudeceram-se as palavras
Cessou
a caminhada
E na
alma cansada e desesperada, cessou a oração
No peito
aflito, cessou a respiração
Cessou
tudo, começou a fim
Ouve os
sorrisos? Sim, esses sorrisos em volta de mesas fartas?
É o diabo, sim, o diabo... É o abismo festejando a nossa derrota
É o diabo, sim, o diabo... É o abismo festejando a nossa derrota
Eia! Precisamos
recomeçar
Precisamos
acordar
A depressão mente
Ela sempre mente
Precisamos dizer não
A depressão mente
Ela sempre mente
Precisamos dizer não
Precisamos
voltar ao começo
Precisamos
amar
Precisamos recuperar a força de viver
Precisamos recuperar a força de viver
Precisamos
retomar a batalha pela nossa alma
Precisamos
proteger o nosso coração
Precisamos
rir do abismo que ri de nós
Sozinho
no meio do nada
Orando mil orações desesperadas
Orando mil orações desesperadas
Olho para
o alto do céu
O mais
alto que posso
Na imensidão
Sem
perceber a ilusão
Me sinto
imenso
Todavia, como sou pequeno e fraco
Um nada diante do caos
Todavia, como sou pequeno e fraco
Um nada diante do caos
A minha
alma, esse campo de batalha
Onde os
meus amaldiçoados ancestrais
Ainda amaldiçoam e lutam entre si
Ainda amaldiçoam e lutam entre si
Ao som
do rilhar de dentes
Ao queimar
do fogo
Sob o
fio da espada
Quando a
carne geme
E
estremece... Perde a força
E anseia dormir e nunca mais acordar
E anseia dormir e nunca mais acordar
Derrota! Derrota! Derrota!
Sob a pesada escuridão do céu silencioso
Sob a pesada escuridão do céu silencioso
Que
paira acima de nós
O meu
coração sabe e não se ilude mais
Já não crê no
amanhã
Cansou do agora
Cansou do agora
Nem
perde tempo com esperanças tristes e vazias
É tarde
demais...Grita o coração dentro do peito
O tempo
da felicidade, que foi ontem, já passou
_VBMello
_VBMello
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