15 de maio de 2018

A política do diabo.

...Nas ruas e nas praças, na superfície - do mundo -, parece haver uma fraca luz de esperança - duvidosa esperança - a tremular fracamente no meio da tempestade, prometendo uma paz que nunca vem... É a política do diabo.


Nos bastidores, longe de olhos ingênuos - onde rastejam e sibilam os senhores do mundo, o mundo é só maldade, falsidade. Lá, no abismo, onde os olhos não veem e os ouvidos não escutam, não há anúncio de paz nem promessa de felicidade...Ali, na solidão criminosa, onde a corrupção choca os seus ovos no coração dos homens maus, toda paz é dissimulação e toda esperança é vã ilusão. 



Oh, horror! Atrás das grossas cortinas do poder, no submundo, onde a vida se mantém a força de vaidade, cobiça e contravenção, onde a luz é treva e o homem comum - entretido com pão e circo - nada vê e sabe, o rei, o juiz e o carrasco, o demônio disfarçado de político, que nos estende a mão faminta de aprovação, não engana mais, na fraca luz dos seus olhos famintos de votos e poder, vemos que os seus pensamentos, as suas palavras e as suas ações, sem exceção, tudo jaz no Maligno...
_VBMello

Culpa - maldita culpa.

Dentro e fora da alma – solidão
Terrível culpa – fantasmas
Em busca de perdão
Sonhos querendo remissão
Vida querendo recomeço
Dentro e fora da alma
Em todo lugar
Em toda parte
O mesmo caos
A mesma dor
A mesma decepção
Pai ou mãe, anjo ou demônio
Irmão ou cão, céu ou inferno
Razão ou coração
Pele, carne, sangue e osso
Conhecido ou desconhecido
O que for... Não importa - não interessa
Juiz implacável - fera risonha
Sempre a gritar, sem parar
A mesma doença, a mesma violência
A mesma condenação - a mesma danação
Culpado! Culpado! Culpado!
Na escuridão, sozinha, como um cão danado
A alma rasteja, no caótico fundo do coração
Chorando, gritando e implorando perdão
Na boca, todavia, nunca, jamais...
_VBMello