A
beleza está em toda parte
O
olhar não produz a beleza
Apenas
a acolhe – ou não
O
olhar mais perfeito
Quer
dizer, o mais puro
O
mais maduro e iluminado
Que
nos dá mais satisfação de viver
E
que reflete melhor a nossa alma
É
aquele que não se deixa embrutecer
Pelas
circunstâncias negativas da vida
Mas
que
mesmo
no meio da tempestade
Mesmo
sozinho num caminho de sombra e morte
Tateando
na escuridão, por assim dizer
É
capaz de encontrar e acolher
Com
alegria e gratidão
A
beleza que existe dispersa
No
mundo ao seu redor
Tornando-se,
assim, ele
mesmo
Ao
refletir de volta para o mundo
A
beleza encontrada e acolhida
Mais
puro, mais profundo, mais
humilde
Mais
simples e mais belo
Pois
a beleza acolhida com gratidão
Embeleza
e enobrece o olhar que a acolhe
Sem
essa capacidade de ver, acolher e
refletir a
beleza
Independente
da idade, todo olhar é velho
Toda
pessoa é desconfiada
Estranha
ao mundo ao seu redor
Cansada,
armada,
sem brilho próprio
Vazia
de inspiração e criatividade
Insegura
e
incapaz de transmitir calor
Fé,
esperança e bom
ânimo
Despreparada
para a eternidade
E condenada a ver no mundo e nas pessoas
E condenada a ver no mundo e nas pessoas
Apenas
a mesma projeção da escuridão
Que
habita, rosna, sofre e rumina ameaças
Nas
profundezas do próprio coração endurecido
Pois
a vida, sim, não pode ser verdadeiramente bela
Se
não for capaz de ser tocada, iluminada e transformada
Pela
atividade da beleza que se move
Nos
lugares, nas coisas e nas pessoas
Que
se
encontra no caminho da vida
E se insinua ao nosso coração
E se insinua ao nosso coração
Como
puro movimento restaurador
Da graça e do amor de Deus
Da graça e do amor de Deus
No
calor e nas lutas do dia a dia.
_VBMello