14 de abril de 2014

Coração Estrumecido...



No chão do coração estrumecido
Eternas lagartas...
Larvas profanadas do ser
Vagam longe do lar...
Bipolar
Lembranças de casa
Na alma sem asas
Cobram
No coração sem ação...
Cobranças
De antigos arrependimentos
.
.
.
O vazio da noite
Na alma vazia...
Azia
Trazia
.
.
.
Em terra distante
Distante jazia
Sozinho
Chorava
E reclamava
A morte da poesia...
Num instante a esperança se tornou azia
.
.
.
Morta a poesia
A dor do estrumecido coração
Estrangeiro no lar
A esperança
Com ânsia
Alimentava
.
.
.
A noite caiu
Cego e surdo
Esse sangue sempre igual
Na pupa do coração estrumecido
Desigual
Lamentava tanta desigualdade
.
.
.
Um uivo de lamento corta o silêncio da noite
No peito do cadáver
Um cão sem ação
Gesta larvas de palavras...
Lagartas eternas
Larvas mortas
Sem esperança de vir-a-ser
Um dia
Qualquer dia
Ser alado
VBMello

3 comentários :

Graça Pereira disse...

O mundo...pode cair; a POESIA, nunca!!
Beijo e uma semana feliz
Graça

Penélope disse...

V.B.

Passando para dizer que mudei definitivamente de espaço. O Infinito Particular está finito e agora poderá me encontrar neste link

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Vou adorar receber uma visita sua!!!

Nádia Santos disse...

Triste...
Saudade.
Bj